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3/30/2005

Um desabafo...

Num dia como muitos, como muitos outros que vivemos juntos por essa planície adiante, livres como o vento! Livres, livres, verdadeiramente livres como o vento! Dias de sol bem alto bem alto e resplandecente... Tudo tem um fim, todos nós o sabemos bem... O dia mal tinha nascido, era Verão e sol já brilhava lá no alto... Lá estava ele indiferente... raiava como sempre... na hora em que toca o telefone e o mundo desaba... Continuo a ter imensa dificuldade em falar da morte... da tua morte meu irmão... Do meu único irmão... a dor irreparável da perda de um irmão... Na altura: o perfeito contraste com o recente nascimento do meu filho... E num instante estamos perante o perfeito milagre do nascimento, o milagre da vida... e logo, logo depois perante a morte e o duro e cruel sentimento da perda irremediável... Um desabafo...